Vamos lá, "quem acredita sempre alcança". Voltando ao Projeto Blog vamos (re)começar as postagens e dessa vez vou realmente compartilhar alguma idéias além dos projetos.Para começar, estou fazendo um MBA em Gerenciamento de projetos pela FGV e pretendo treinar a minha capacidade de escrita aqui.
Mês passado fiz o primeiro curso da pós, era referente a ECONOMIA EMPRESARIAL ministrado pelo professor Dr. Eduardo Pereira Nunes (procurem o nome no google). Inicialmente fiquei bastante inseguro com o curso, pois é um curso salgado, mas como a UFPA esta em greve e eu estava me sentindo 'parado no tempo' resolvi arriscar. A primeira impressão foi muito boa o curso fui muito bom para (re)desenvolver uma capacidade crítica que já não vinha exercitando desde a época que estava estudando para o vestibular.
O professor me surpreendeu bastante, era claro nas idéias que falava e complexo ao expor os temas. Posso falar que gostei do nível que foi
A avaliação deste curso é realizada por uma prova, que por sinal perdi a primeira chamada e tive que pagar R$70,00 pela segunda, fiquei aborrecido com a minha burrice, mas foi bom para aprender que a FGV-FACI é bem mercenária e vai sugar cada centavo possível. Além da prova, o professor, recomendou um trabalho o qual devia-se pegar uma reportagem e realizar uma análise crítica sobre o texto. Esse é o ponto...estou postando o texto que desenvolvi. E a reportagem foi essa: LINK.
Presidente do banco central diz que juros continuaram
sendo arma no combate a inflação
A taxa de juros básica da economia é um
instrumento de política monetária sendo incidente sobre financiamentos
lastreados por títulos públicos registrados no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (SELIC).
A SELIC tem impactos significativos em
diversas áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, assim como, é uma
ferramenta de interação muito forte com outras economias mundiais. Sendo assim,
deve-se ter sempre em mente quais os impactos diretos e indiretos causados por
alterações que venham a serem realizadas nesta.
O Brasil tem, em seu histórico
recente, utilizado o controle da taxa da taxa de juros com o objetivo principal
de controlar a inflação que atinge sua moeda. Este movimento inflacionário é
natural e representa uma perda na capacidade de compra da moeda, ou seja, a
mesma quantidade de moeda passa a representar um valor menor na hora de efetuar
compra de produtos ou contratação de serviços. Normalmente e causado por dois
fatores principais: 1) excesso de demanda por produtos ou serviços (ou escassez
de produtos e serviços) o que poderá gerar alta nos preços; 2) Elevação na taxa
de câmbio que causará um aumento no custo de produtos serviços importados que
futuramente será repassado para o consumidor nacional.
Muitas vezes o excesso de demanda é
causado pela grande quantidade de moeda disponível no mercado e utilizada para
compra de bens de consumo. É neste ponto que o Governo busca agir para
controlar a inflação (método que tem resposta mais rápida economicamente). Ao
aumentar a taxa de juros o governo dificulta o acesso ao crédito de quem possui
déficit em sua renda e, ainda, incentiva quem é superavitário à aplicação
financeira. A premissa inversa é válida da mesma forma e, assim, ao alterar a
taxa de juros básicos da economia brasileira, o governo irá causar impactos
diretos na inflação como pode-se visualizar no texto de Alexandro Martello.
Fica claro no discurso do presidente
do Banco Central (BACEN), Alexandre Tombini, que o Brasil ainda não está
preparado (ou disposto) para que esta deixe de ser sua ferramenta principal no
combate a inflação. Como a atual inflação já está atingindo o teto da meta do
governo, a possibilidade de aumento da taxa de juros se torna uma aposta para o
futuro. Porém o aumento da taxa de juros se reflete em uma menor
competitividade das indústrias brasileiras, pois o impacto causado no custo dos
financiamentos será repassado para o produto final, além de desacelerar o
consumo interno do país.
Outra consequência do aumento da
taxa de juros é que o Brasil se torna mais atrativo para aplicação estrangeira
fazendo com que entre mais dólares em sua economia, puxando para baixo a taxa
de câmbio. Esta baixa dificulta a manutenção das empresas exportadoras e que
são de grande importância para o equilíbrio cambial brasileiro.
Diversos outros impactos são
causados pela alteração na SELIC, mas deve-se sempre ter claro que ela é a taxa
de remuneração que incide sobre os títulos da dívida pública brasileira e,
assim, possui a capacidade de "aumentar" a dívida externa brasileira
e esta, por sua vez, é a grande responsável por causar o déficit fiscal
brasileiro.
Atualmente o Brasil se apresenta
como um local de segurança para aplicação e investimento ao capital
estrangeiro, mas um eventual descontrole na manutenção da taxa pode ocasionar
uma instabilidade fiscal como a que está ocorrendo com alguns países europeus.
Percebe-se
claramente que a utilização da SELIC como ferramenta de controle a inflação é
fundamental para realidade brasileira e deve continuar com esse propósito, pelo
menos, nos próximos três anos. Porém deve-se ficar atento para que não sejamos
atingidos gravemente pelos seus efeitos colaterais e busquemos ações mais de
longo prazo como a recentemente tomada pelo governo de diminuir a tarifa de
energia elétrica já no próximo ano e que deve baixar a inflação brasileira.
Att;